quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dicas de boas maneiras – Parte I – Aparelhos sonoros


Eu me lembro muito bem que um dia eu odiei a Glória Kalil (jornalista, empresária e consultora de moda brasileira). Mas eu não a odiava assim, sem motivos. Eu pensava que a etiqueta, boas maneiras e todas aquelas baboseiras, que a priori pareciam servir para humilhar aqueles que não sabiam usar os talheres adequados, eram coisas desnecessárias.
Eu tenho educação, minha mãe me deu! Me enchia a barriga de comida antes de irmos às festas infantis para que não devorássemos o bufê como mortos de fome. Não nos deixava desrespeitar os mais velhos a quem tínhamos de dar o lugar onde estávamos sentados. Fazíamos tudo a contra-gosto, mas fazíamos.
Minha educação (que hoje nem sei como julgar, se dura demais ou inadequada ou se maravilhosa) não é o nosso interesse agora. Voltemos à Glória.
Um dia olhei a consultora de modo distinto e pude perceber que em partes ela estava coberta de razão. Ouvi- a dizer que a etiqueta é, antes de tudo, uma questão de educação. E não é que ela estava certa!
Muitas vezes, ter bons modos é ter bom senso. O uso inadequado dos aparelhos sonoros é um belo e eficaz exemplo disso.
Avançamos em tecnologia e agora os aparelhos celulares tocam MP3. Isto seria maravilhoso não fosse o fato de agora estarmos em ônibus e sermos obrigados a ouvir os piores tipos de música (usar o termo música é um pouco demais para aqueles barulhos). Você está lá, concentrado em milhares de pensamentos, e aquele barulho irritante sendo ouvido não só por um indivíduo, mas, obrigatoriamente, por todo o ônibus. Isso é falta de bom senso. E tem ocorrido em todos os locais, até nos mais improváveis! Você até pode gostar daquela música, mas deve lembrar que nem todo mundo gosta. Já pensou se todo mundo decide mostrar suas preferências musicais ao mundo?
Fones de ouvido resolveriam o problema se não causassem outro incomodo. Os populares MP3, MP4, MP196788 ganharam pessoas de todas as idades e tiraram de alguns o bom e velho discernimento.
Você agora encontra alguém que de imediato puxa uma conversa com você, mas não tira o maldito fone do ouvido enquanto fala. Já vi os aparelhos serem usados em salas de aula (bem no meio da aula) e até em (pasmem) reuniões com o prefeito (!). É o cúmulo do desinteresse, do “tô nem aí”, do desrespeito, do “não me importo com você”.
Hoje, alguns carros parecem ser usados como objetos de disputa do tipo “meu carro tem um som mais potente que o seu". Você decide sair de casa, dar uma volta na praia, sentar na calçadinha e relaxar. Um minuto depois vem um preparando uma mini-festa bem onde você está. Pára, abre a mala do carro, liga o som para todo o quarteirão e adjacências ouvirem, abre umas cervejas e você, que só queria sossego, é obrigado a se retirar para não atrapalhar a “festa” do sujeito mal educado.
Depois de tudo, o que nos resta é ter paciência e pensar se nós mesmos não praticamos esses pecados sonoros às vezes.

domingo, 10 de maio de 2009

lyla ouviu, Lyla se apaixonou - Silvia Machete


Ouvir e ver Sílvia Machete já é meio passo rumo ao um abismo: a paixão musical mais avassaladora.
Sílvia é um artista completa: canta, dança, faz malabarismos, bamboleia, faz truques de mágica e encanta qualquer um com sua vitalidade e espontaneidade.
Mas misturar circo e música não é o único trunfo da cantora que trocou o Rio de Janeiro pelo East Village, bairro boêmio novaiorquino. Sílvia tem uma voz marcante e composições que impressionam pela simplicidade das letras e pelos arranjos originais.
O cd Bomb of Love - Música Safada para Corações Românticos (2006), primeiro cd da cantora, traz músicas como "Toda bêbada canta" (sobre a maldita ressaca moral), "Pé", e versões como a de "Gente aberta" de Roberto e Erasmo Carlos e uma versão bossa nova de "Sweet child of mine" do Guns'n'roses.
E para coroar o sucesso do album, Silvia lançou recentemente o DVD Eu não sou nenhuma santa (2008) no qual explora aos máximo sua versatilidade musical e corporal.