quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!


*Ao som de When I'm sixty-four dos Beatles*

Esse clima de Ano Novo é estranho. É aquele sentimento de esperança, de recordação, de saudade, de comemoração, de despedida... Mais um ano se vai e a gente fica aqui com cara de bobo vendo o outro vir. A gente veste branco e olha para o céu para ver os fogos de artifício. Cada fogo que explode faz com que eu lembre das pulsações de nossos corações. Milhares comemorando juntos sem nem se conhecerem.
Muitas simpatias... Muita gente nem crê nelas, mas sempre faz para trazer sorte.
Aproveite essa passagem o quanto e como der, mas comemore. Ainda que o ano não tenha sido lá dos melhores, sempre há o que se comemorar, nem que seja o fato de você estar respirando e lendo este post!

Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

20 Coisas que eu aprendi no ano de 2009




1. Aprendi que algumas coisas têm sua hora e é preciso esperar pacientemente.
2. Aprendi que dinheiro não compra tudo, mas pagou as festas e shows que fui esse ano.
3. Aprendi que mudar pode ser bom.
4. Aprendi que para pintar uma casa é preciso antes forrar o chão com jornal (ou passar horas esfregando querosene no chão)
5. Aprendi que se pode sentir saudades de quem está perto.
6. Aprendi que erros ensinam bem mais que acertos.
7. Aprendi que algumas pessoas passam rápido demais por nossas vidas.
8. Aprendi que ser machucado por alguém dói menos do que se machucar sozinho.
9. Aprendi que você pode ter tudo que sonhou ter quando tinha 15 anos e chegar aos 23 achando que ainda falta muita coisa e que outras são besteiras ou não valem a pena...
10. Aprendi que ter emprego é bom, mas que férias são ainda melhores.
11. Aprendi que, em alguns casos, ganha mais que não responde a uma ofensa.
12. Aprendi que um bom filme pode ser melhor que várias sessões de terapia.
13. Aprendi que alguns "Eu vou", "eu posso", "eu consigo" abrem portas.
14. Aprendi que ser independente pode ser bom, mas tem seu preço.
15. Aprendi que para ser amigo de alguém é preciso aceitar e amar ainda que o outro erre.
16. Aprendi que beijar as pessoas que você gosta te dá uma energia extra pra enfrentar a vida.
17. Aprendi que é preciso dizer "não" e é preciso saber ouvir "não"
18. Aprendi que você não é o que os outros dizem, nem o que você diz ser
19. Aprendi que para se aprender é preciso 10% de material e 90% de vontade.
20. Aprendi que gastar tempo me preocupando faz com que eu perca o tempo que tenho para ser feliz.

Feliz 2010 para você que acompanhou esse blog!
Que este ano seja de muito aprendizado!

À Ana Claudia


Sabe aquelas pessoas que amar é inevitável? A gente sempre pensa nisso de nossos pais, que já nascemos os amando. Mas também existem aquelas pessoas que quando você nasceu, já estavam lá te esperando para amar você. Então, neste caso, é quase impossível não amá-los também. É o caso dos tios, irmãos, primos...Você cresce e vai diferenciando uns dos outros pela afinidade.
O destino me deu irmãos não-consanguíneos e uma prima assim também. Mas o que acontece quando se ama essa prima mais do que a um irmão de sangue?
Não sei se você teve uma oportunidade como a que tive: de ter sempre perto de mim alguém que me aconselhasse, que me entendesse antes de qualquer um, que me conhecesse como nenhum outro. Conhece mesmo. Não importa o que o mundo me diga sobre mim, ela sempre fala: “Você não é assim, é o seu jeito e eu te conheço, eles não!” Ah... eu sempre acredito. 1. porque a Maga é bem sincera. 2. porque ela sabe o que diz, realmente me conhece.
Eu não posso dizer que Ana Claudia é a minha melhor amiga. Não, ela não é. Ela é ainda mais que isso. Ela é uma das minhas mães e uma das minhas mãos.
A Ana sabe ouvir, sabe falar, sabe se orgulhar de pequenos feitos e de ser a melhor da classe (risos). A Ana sabe amar, respeitar, sabe cuidar... Talvez tenha aprendido com Jesus a dar a outra face porque ela tem o dom do perdão (o que não possuo, uma lástima). A Ana briga e depois faz as pazes assim... na mesma hora! Ela se preocupa, ama viver, ama as pessoas, cuida delas, perdoa... Ah, e ainda entende de moda.
Linda por dentro e por fora, eu a amo (ela sabe, mas não me canso de repetir) e queria sempre dar-lhe mais: mais tempo, mais cuidado, mais carinho...
Maga, Quero te dizer, agora que estás ainda mais velha, no auge de seus 28 bem vividos anos, o quanto você é importante para mim e acho que fiz isso como pude, mas não como deveria porque todas as palavras são poucas para expressar minha gratidão e meu amor (super gay isso).
Dizer “eu te amo” agora seria um pleonasmo. Mas, vou correr esse risco da repetição e de parecer gay:

EU TE AMO agora e sempre! Feliz Aniversário!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Bob Dylan vai animar o seu Natal


Bob Dylan lançou em outubro seu álbum de Natal. É, é isso mesmo que você leu. Antes judeu, Dylan converteu-se ao cristianismo em 1977 e voltou as suas origens judaicas na década de 80. Lançou em outubro deste ano um álbum de canções natalinas, mas nada de versões de John Lennon ou da clássica Jingles Bells. São canções natalinas bem ao estilo [único] de Dylan.
Uma das coisas mais legais do disco é que toda a sua renda será doada à Instituição Feeding America, organização de combate à fome. Recheado de belas canções (com destaque para Do you hear what I hear e I´ll Be Home For Christmas), Christmas in the heart consegue ser bonito sem ser piegas ou clichê. É um disco para ouvir enquanto Papai Noel não chega (Sim, Papai Noel, aquele tio bêbado que se fantasia todos os anos e assusta a criançada).
Outra coisa legal do disco é que, depois de 12 anos sem aparecer em video-clipes, Dylan reaparece no clipe de Must be Santa (percebam a animação à La Grinch).



E como eu sou legal e estou presa a esse estranho sentimento de solidariedade que nos acomete no Natal, vou disponibilizar o link para download do álbum. Cole o link abaixo no seu navegador, retire o * e me diz o que achou.

http://lix.*in/-602c92.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sobre o dia em que vi Deus


Era dia. O sol estava a pino. A claridade mal me deixava enxergar o que fosse e as longas horas ali sem alimento nem água ofuscavam ainda mais a minha já tão gasta vista. Estava jogada a um quanto de parede carcomida. Meu corpo, dilacerado, parecia inerte não fosse minha respiração já fraca. Eu sangrava e não existia remédio para o meu mal. Meu mal estado físico não conseguia representar a farsa do meu estado psicológico.
Vi um verme se aproximar da ferida aberta e putrefata de um de meus membros. Afastei minha perna. Olhei o verme e, com um sorriso nos lábios, disse-lhe:
- Agora não, meu caro.
Não sei se o verme riu de mim, mas se não o fez, tinha tudo para fazê-lo. Eu responderia se fosse ele... Devaneei sobre o verme e nossa condição, mas logo apareceu um homem alto, robusto, para me atrapalhar as ideias.
Chegou sem dizer nada e foi logo batendo nas minhas pernas com a ponta da bota, jogando-as de um lado a outro. Olhei-o. Ele estalou a língua no palato, cuspiu e põe-se a entalhar um pedaço de madeira que levava consigo. Usava um sombreiro, o que não me deixou observar sua face, se mudara de fisionomia ao perceber que eu ainda estava viva.
Por um momento, pareceu observar todas as minhas feridas, mas eu não sei bem se o fez ou não. Enfiou a mão em um dos bolsos, tirou um escapulário com a imagem de São Miguel Arcanjo e o jogou sobre mim. Em seguida, retirou do cós da calça dois revólveres: um da frente, outro das costas. Estes últimos, depositou cuidadosamente sobre meu abdômen. Pegou minhas mãos e as colocou sobre as armas. Depois pôs o escapulário de pano em meu pescoço.
Eu não me mexia nem dizia nada, só o observava. Ele acendeu um cigarro, agachou-se, soprou a fumaça em meu rosto. Falou-me com tom grave:
- O escapulário é santo. Você, não! Empunhe as armas e siga em frente. Da próxima vez que cair, faça o mesmo. Não posso estar sempre pronto para acudir você.
Tragou mais uma vez o cigarro, levantou-se e saiu.
Desde então, sempre que caio, levanto-me sozinha e de armas e escapulário em punho... Ah, meu caro leitor, nunca mais vi Deus depois disso.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Os arroubos (ou não) da Academia


Decidir freqüentar uma academia é um passo difícil. A gente adia o quanto pode, mas de repente olha aquela pele flácida no espelho, percebe que o bumbum deveria estar alguns centímetros acima e quando nos vemos estamos à porta do estabelecimento munidos de toalha, garrafa de água e muita, mas muita vergonha.
Depois de 3 meses de prova, decidi compartilhar um pouco da experiência com vocês.

A Academia pode não ser um bom lugar para mulheres que queiram paquerar
Se você acha que pode encontrar um príncipe encantado na academia disposto a te ajudar com aquela rosca de 10 kgs, não se iluda! A maioria dos frequentadores de Academia se tornam verdadeiros ogros quando ultrapassam a entrada do lugar e ainda por cima (se já não bastasse) passam mais horas olhando o bíceps no espelho do que prestando atenção à sua bunda.

Nem todo(a) frequentador(a) é malhado(a) e bonito(a)

A propaganda é uma ilusão. A imensa maioria dos frequentadores são como os novatos: só querem melhorar a aparência. Não vá pensando que irá encontrar apenas belos corpos. Prepare-se para barrigas salientes, bundas caídas, braços subdesenvolvidos...

Pode custar pouco

A Academia não vai quebrar seu orçamento. Mas é bom procurar uma boa, não pelo preço, mas pela estrutura e por seus profissionais.

Não há motivos para vergonha
Como já disse, nem todo mundo é sarado e te fará inveja. E sempre que a vergonha vier, lembre-se: todos ali tiveram que começar um dia com um vergonhoso pesinho de um quilo.

Sim, é dolorido
Os primeiros dias serão terríveis e te farão pensar inúmeras vezes em desistir. Seja persistente! Num dia você não pode levantar o braço para pentear os cabelos, no outro, você quer aumentar o peso porque acha que está pegando leve demais. Num dia você mal consegue subir num ônibus, no outro, você acha que o seu treino devia durar mais tempo. Não deixe que dois dias de dor te tirem a satisfação de usar um belo (a) bikini/sunga no verão (sem medo de ser feliz!).

Os resultados podem aparecer logo
Com dois meses de dedicação aos treinos, você já pode perceber resultados.

Você tem grandes chances de se apaixonar
Calma... ainda acho que homens de Academia são ogros. Você vai se apaixonar pela Academia e por cuidar do seu corpo. Com o tempo a dor passa, você conhece pessoas novas, vê que nem todo homem ali é um ogro (isso é o mais difícil), você passa a gostar de se olhar no espelho, a auto-estima sobe...

Experimente!
Faça treino experimental em uma boa Academia. Se depois dos 4 primeiros dias você não se adaptar, tente mais 4 e mais 4 e mais 4. Se ainda assim você não se acostumar e não perceber resultados, pense em outra forma de cuidar do seu corpo. Sedentarismo está super out! A nova moda é cuidar do seu bumbum!

Futilidades à parte. Exercícios físicos são sempre bem vindos.