A autora deste blog não tem por interesse o compromisso com a seriedade ou discussões aprofundadas sobre qualquer assunto que a faça perder tempo em respostas aos comentários postados e sim abordar pensamentos aleatórios construídos em momentos de extremo ócio em ônibus lotados, filas de banco, salas de aula e discussões idiotas decorrentes destes. Se essa não é sua área de interesse, por favor clicar no xis vermelho no canto superior direito da sua tela.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Estribilho
“Traição não tem justificativa, Marta” – disse a amiga sentada confortavelmente na poltrona da sala, com um cigarro frouxo entre os dedos.
Marta manteve-se de pé por um tempo, as mãos seguravam firmemente os braços opostos. Deu alguns passos à frente e disse enquanto enchia mais uma vez a taça da amiga:
- Você pode me julgar se não conhece nem entende meus motivos.
- Ora, Marta. Não tente se convencer de que não está errada por pensar assim. Não há justificativa! – a amiga disse isso enquanto apagava o cigarro no cinzeiro.
Marta voltou à posição anterior, mas dessa vez virou em direção à janela. Olhando para fora, disse:
- Você não entende o que sente uma mulher nessa situação e tudo o que...
- E como seria, Marta, se todas as mulheres fossem trair seu maridos por carência, insegurança, medo, seja lá o sentimento que for? Não tem justificativa, Marta... Não tem.
Marta caminhou mais uma vez até a amiga, pegou um de seus cigarros e o acendendo disse:
- Realmente, não há justificativa.
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