A autora deste blog não tem por interesse o compromisso com a seriedade ou discussões aprofundadas sobre qualquer assunto que a faça perder tempo em respostas aos comentários postados e sim abordar pensamentos aleatórios construídos em momentos de extremo ócio em ônibus lotados, filas de banco, salas de aula e discussões idiotas decorrentes destes. Se essa não é sua área de interesse, por favor clicar no xis vermelho no canto superior direito da sua tela.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
C.R.A.Z.Y - Loucos de amor (Canadá, 2005)
O filme canadense "C.R.A.Z.Y - Loucos de amor" é um verdadeiro achado. Primeiro, porque encontrá-lo é tarefa das mais árduas. Segundo, porque o filme é um daqueles filmes raros, cujo o roteiro, atuações, fotografia, trilha sonora, direção estão impecáveis. "C.R.A.Z.Y" foi o indicado canadense ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2005, mas não deu para o longa naquele ano. Uma lástima. Talvez fosse mais fácil de encontrar se indicado.
Baseado nas memórias do co-roteirista, C.R.A.Z.Y aborda várias temáticas, uma delas, a questão da homossexualidade, mas sem apelação, afetação ou estereótipos, com a sutileza de poucos filmes sobre o assunto. Embora, o filme trate desta questão como central, outras questões se sobressaem. O amor é mostrado como eixo norteador de todas as outras temáticas, como abuso de drogas, questões familiares etc.
Amor de pai pelos filhos (mostrado lindamente pela atuação de Michel Côté, como pai de 5 filhos) e de filho pelo pai (pela interpretação magnífica de Marc-André Gondrin), um amor sem limites que, em muitas das vezes faz com que os dois ajam de modo radical.
Dirigido por Jean-Marc Valée, C.R.A.Z.Y leva o expectador a viajar por pelo menos três décadas da vida de Zac Beaulieu (Marc-André Gondrin), um jovem com tendências homossexuais que desde a infância esconde suas preferências por amor ao pai. De seu nascimento nos anos 60 a adultez no final dos anos 80, o diretor nos embala com uma magnífica trilha sonora composta por canções de David Bowie, Jefferson Airplane, Charles Aznavour e pela música "Crazy", de Patsy Cline, que embala todo o filme (contam as más línguas que Valée deu parte de seu salário para pagar os custos dos direitos autorais das músicas selecionadas para o filme).
Divertido, belíssimo e emocionante, C.R.A.Z.Y é, sem dúvida, um ótimo filme sobre preconceito, relações familiares e amor. Vale muito a pena assistir.
Ficou curioso? Segue o trailler abaixo:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário