Cercado por seus conspiradores, atingido por inúmeros golpes, o general lança os olhos marejados sobre seu único, adotivo e ingrato filho, que portava um dos punhais que o ferira, e pronuncia suas últimas e mais sofridas palavras:
- Tu quoque, Brutus, fili mi!*
Eu, sem o menor porte de estadista, com os mesmos olhos marejados, reporto-me a ele milhares de anos depois:
- Tu quoque, Caesar, cur no ego?**
* Até tu, Brutus, filho meu!
** Se até tu, César, por que não eu?
A autora deste blog não tem por interesse o compromisso com a seriedade ou discussões aprofundadas sobre qualquer assunto que a faça perder tempo em respostas aos comentários postados e sim abordar pensamentos aleatórios construídos em momentos de extremo ócio em ônibus lotados, filas de banco, salas de aula e discussões idiotas decorrentes destes. Se essa não é sua área de interesse, por favor clicar no xis vermelho no canto superior direito da sua tela.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Os 26 e o bug do computador
No último 29 de julho foi meu aniversário. Completei 26 anos. Não houve festa. Não sei bem porque, mas chega uma hora que ir a um barzinho já é uma comemoração, chapeuzinho de aniversário é brega e velinhas das princesas Disney não são mais para a sua idade. A idade vem chegando, as rugas... enfim, ela chega mesmo.
Naquele fatídico dia, tudo parecia estar dando errado: perdi máquina fotográfica, alguns documentos, um telefone celular velho (que levo na bolsa para enganar ladrão - truque que já me salvou de perder meu celular oficial) e meu computador não queria ligar. Passei uns dias sem meu vício de todos os dias. Levei-o a um técnico que com cara de tristeza me avisou:
- O computador teve salvação, mas os arquivos dele... Sabe como é, né? Tive que formatar.
Tive um sobressalto:
- Formatar? Perdi tudo?
- Infelizmente.
Saí de lá. CPU na mão, pensava em tudo aquilo que teria perdido para sempre: fotos, textos, artigos da pós... um infinidade de coisas que ainda não deu para fazer o balanço de tanto preju. Mas logo depois passei a lembrar da pasta "grandes erros", nas quais guardei fotos, mensagens trocadas pelo msn, prints de facebook, e-mails... Não falo metaforicamente. Havia mesmo uma pasta de arquivos com esse nome! E nela havia todas as coisas que acabei de citar. Uma bobagem, eu sei. Mas nunca consegui excluí-la. Guardava lá a certeza de que naquelas armadilhas eu não cairia mais. Duas bobagens.
Saber que ela desaparecera foi um enorme alívio. De repente, já não me importava com todo o resto que eu perdera. A pasta enorme havia sumido, como um sinal de que muitas coisas deveriam ser apagadas numa data simbólica. E que data simbólica!
Alguns erros não podem ser excluídos assim, como arquivos de um HD formatado. Isso não impede, entretanto, que deixemos aqueles que nada nos ensinam em seu devido lugar: no lixo.
Livrei-me de um grande peso.
Bendito seja o vírus que infectou meu computador!
Naquele fatídico dia, tudo parecia estar dando errado: perdi máquina fotográfica, alguns documentos, um telefone celular velho (que levo na bolsa para enganar ladrão - truque que já me salvou de perder meu celular oficial) e meu computador não queria ligar. Passei uns dias sem meu vício de todos os dias. Levei-o a um técnico que com cara de tristeza me avisou:
- O computador teve salvação, mas os arquivos dele... Sabe como é, né? Tive que formatar.
Tive um sobressalto:
- Formatar? Perdi tudo?
- Infelizmente.
Saí de lá. CPU na mão, pensava em tudo aquilo que teria perdido para sempre: fotos, textos, artigos da pós... um infinidade de coisas que ainda não deu para fazer o balanço de tanto preju. Mas logo depois passei a lembrar da pasta "grandes erros", nas quais guardei fotos, mensagens trocadas pelo msn, prints de facebook, e-mails... Não falo metaforicamente. Havia mesmo uma pasta de arquivos com esse nome! E nela havia todas as coisas que acabei de citar. Uma bobagem, eu sei. Mas nunca consegui excluí-la. Guardava lá a certeza de que naquelas armadilhas eu não cairia mais. Duas bobagens.
Saber que ela desaparecera foi um enorme alívio. De repente, já não me importava com todo o resto que eu perdera. A pasta enorme havia sumido, como um sinal de que muitas coisas deveriam ser apagadas numa data simbólica. E que data simbólica!
Alguns erros não podem ser excluídos assim, como arquivos de um HD formatado. Isso não impede, entretanto, que deixemos aqueles que nada nos ensinam em seu devido lugar: no lixo.
Livrei-me de um grande peso.
Bendito seja o vírus que infectou meu computador!
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