A autora deste blog não tem por interesse o compromisso com a seriedade ou discussões aprofundadas sobre qualquer assunto que a faça perder tempo em respostas aos comentários postados e sim abordar pensamentos aleatórios construídos em momentos de extremo ócio em ônibus lotados, filas de banco, salas de aula e discussões idiotas decorrentes destes. Se essa não é sua área de interesse, por favor clicar no xis vermelho no canto superior direito da sua tela.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Música do mundo [parte 3] – Itália
Continuando nosso tour pela Europa. Vamos à Itália, terra de comida e de música boas.
Para iniciarmos nossa viagem sonora, um pouco do Folk Rock da Bandabardò. Criada em 1993, a banda (cujo nome faz menção a musa do cinema francês Brigitte Bardot) mistura elementos regionais ao bom e velho rock'n roll e seus álbuns nos dão sempre aquela impressão boa de "show acústico" feito entre amigos. A música que eu escolhi (minha favorita) é Sempre allegri do álbum Fuori Orario (2006).
A segunda é uma pedida bem Pop. Giusy Ferreri participou em 2008 da 1ª edição italiana do X Factor, um talent show à la American Idol, e amargou um 2º lugar. Porém, com voz e interpretação únicas, lançou no mercado o disco Gaetana que vendeu mais de 800 mil cópias e se tornou um dos maiores sucessos italianos dos últimos tempos. O sucesso foi tanto que um dos maiores hits do disco, Novembre, foi parar na trilha sonora do seriado Desperate Housewifes. A música escolhida é Non te scordar mai di me, primeiro single lançado pela cantora . Mas atenção: qualquer semelhança com Amy Winehouse é mera coincidência.
E para acabar essa postagem, que tal uma musiquinha mais calma, mais romântica? Tiziano Ferro é, sem dúvidas, um dos cantores italianos de maior fama mundo afora. Aqui, em terras tupiniquins, as músicas do carcamano são muito utilizadas nas trilhas sonoras das novelas. Mas, exceto pelas composições melosas que servem para dar charme aos beijos das mocinhas e mocinhos, Tiziano tem boas composições.
Segue Links (legendados)para vocês:
Il Regalo piu grande
Alla mia etá
Ti scatero una foto
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Os arroubos (ou não) da terapia
A terapia pode ser um momento mágico da sua existência. Eu disse PODE e essa palavra já nos dá uma idéia de possibilidade e não de conclusão. A idéia de um desconhecido, que não irá julgá-lo, ouvindo todos os seus podres e sentimentos mais intimos é ótima. Ótima e cara. Mas o custo-benefício... Ah, esse compensa. Fiz por algum tempo, em terapeutas diferentes e em abordagens diferentes. Foi um experiência boa, não tenho do que reclamar. Uma experiênica boa que teve seus momentos ruins.
Se você nunca fez, precisa saber de algumas coisas sobre ela.
A psicoterapia não é coisa para loucos
A psicoterapia serve para muitas coisas. Timidez, baixa auto-estima, dependência química, problemas de relacionamento, ciumes, depressão, fobias, pessoas que desejam se conhecerem melhor... Se quem estiver nesse grupo for louco, todos nós somos.
Terapeuta não é psiquiatra
O terapeuta é um psicólogo, um cara formado em psicologia com uma especialização na abordagem terapêutica escolhida por ele. Um psiquiatra é um MÉDICO, com especialização em psiquiatria. O psiquiatra atende casos bem mais sérios e, dependendo do caso, preescreve medicamentos.
Antes de inicar um processo terapêutico você precisa escolher uma abordagem
A abordagem terepêutica nos diz como o processo irá ocorrer. Entre as mais utilizadas no Brasil estão a cognitivo-comportamental (na qual os seus pensamentos influenciam nas suas ações e o terapeuta se concentra em sua vida hoje) e a psicanalítica (abordagem que procura a origem de alguns problemas no inconsciente e em fatos do passado, principalmente na infância) e tantas outras menos populares como a Bioenergética (de base psicanalítica, mas focada em exercícios físicos, principalmente de respiração).
O terapeuta não é seu amigo
Não adianta. Ele está ali com um intuito: tratar/analisar você. Não adianta querer sair com ele para farra. Se ele for um bom profissional, manterá distância da sua vida fora do consultório. Uma relação íntima infuencia no tratamento, logo, deve ser descartada. Você só fala de tudo sem se preocupar justamente pelo fato dele estar alheio às situações descritas no consultório. Se ele fosse seu amigo e vivesse com você o tempo todo, por ter medo do seu julgamento, você não contaria tudo. Então não insista para ele aparecer na sua festa de aniversário ou formatura. Deixe-o para a terapia!
Elas podem custar muito caro
Dependendo da abordagem, elas custam, no mínimo, R$ 50 por sessão. Mas eu disse "no mínimo". E você precisa de pelo menos 4 sessões por mês. Mas não se preocupe, há em faculdades as chamadas clínicas-escolas onde a sessão sai por R$10, R$20.
Você pode ver resultado logo ou não
Um dia você sai de lá em extase achando que finalmente descobriu o problema que aflige sua vida. Noutro você sai com a sensação de dinheiro perdido e pensando quanta coisa você poderia ter feito com aquela grana toda. Um dia você acha que foi a melhor coisa que você fez na vida. No outro, que foram 45 minutos perdidos.
Prepare-se: Você pode querer chorar
Os consultórios podem ser diferentes. Uns mais claros, outros mais escuros, uns espaçosos, outros pequenos... Mas duas coisas não faltam em nenhum: um relógio, para você e seu terapeuta terem uma idéia do tempo que estão ali, e lenços de papel.
Você entra senhor(a) de si e de repente ouve uma pergunta qualquer (sobre seus pais, amigos, relações amorosas). Você vai responder e quando percebe está chorando como um bebê e as palavras não saem. Parabéns! Não precisa dizer mais muita coisa. Seu terapeuta já entendeu a mensagem.
O tratamento pode durar bastante tempo
Eles duram quase sempre 2 anos. Mas alguns podem passar desse tempo. Entãoprepare bolso e paciência.
Haverá dias que você vai pedir uma sessão e dias que você vai querer que elas não existam.
Falar de si é uma coisa muito boa. Imagine agora que alguém vai te ouvir por 45 minutos com extrema atenção como se você fosse a pessoa mais importante do mundo. Isso é ótimo! Um dia irá acontecer algo (bom ou ruim) que fará você ficar ansioso para encontrá-lo e dizê-lo. Mas em outros você vai querer ver o demônio em pessoa e não seu terapeuta.
Sim, mesmo assim ela é boa
Haverá enormes contra-tempos que forçarão você a desistir dela, mas a terapia pode ser um divisor de águas na sua vida. Nela, você pode aprender muito sobre você mesmo e sobre quem o cerca. Porém, vale uma dica: o terapeuta não dira o que você deve fazer ou o que é o melhor para você, nem responderá suas dúvidas, porém ele irá conduzi-lo no caminho rumo as respostas que (por mais clichê que isto pareça) estão dentro de você.
Vale o risco!
domingo, 2 de agosto de 2009
Unindo o fútil ao agradável
Eu tenho andado bem distante deste blog ultimamente. Muitas vezes por falta de tempo, noutras por falta de pauta. Não gosto de escrever quando não tenho vontade, pela pura obrigação de fazê-lo. Eu escrevo quando me dá um afã estranho que não sei bem de onde vem, instala-se em meus ossos e que, Deus sabe, eu só me sinto bem quando consigo saciá-lo.
Segundo Wittgenstein, o pensamento é organizado muitas vezes em forma de palavras. Concordo. Muitas vezes, penso em palavras, em orações completas, parágrafos. Dessa forma, sinto como se estivesse escrevendo. Se me der vontade de passar meu pensamento para o papel, faço-o ou deixo para outro momento e as palavras, muitas vezes vãs, me somem com o vento.
Muitos leitores têm o costume de pensar que fiz este blog para falar de coisas sérias. Acham que eu tenho o dever quase cívico de falar alguma coisa que soe inteligente ou que pareça necessário à sociedade ou que faça o outro refletir sobre a sua condição.
Eu gosto de falar sério e de soar inteligente, todos gostam. Mas o que eu amo mesmo é falar trivialidades. Quando escrevo, não gosto de me prender a um tipo de pauta. Quero escrever sobre o que eu quiser, seja o assunto frívolo ou não.
Muitas coisas me perturbam ou me fazem bem no meu dia-a-dia e eu não vou escolher apenas as mais finas e tratá-las com a erudição que não possuo.
Eu peço perdão pela ausência, mas também peço paciência para que o argumento me venha sem esforço, sem a preocupação de ter que atualizar o blog sempre com qualquer coisa tosca.
E se você não consegue se adaptar a essa realidade de escrever quando se quer sobre o que se quer... paciência, meu caro, paciência.
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