A autora deste blog não tem por interesse o compromisso com a seriedade ou discussões aprofundadas sobre qualquer assunto que a faça perder tempo em respostas aos comentários postados e sim abordar pensamentos aleatórios construídos em momentos de extremo ócio em ônibus lotados, filas de banco, salas de aula e discussões idiotas decorrentes destes. Se essa não é sua área de interesse, por favor clicar no xis vermelho no canto superior direito da sua tela.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O tamanho da minha insignificância (ou sobre o resto do mundo)
Você já parou para pensar na sua insignificância? De quão pequeno você é? Não? Eu o faço quase sempre. Tento desvendar a importância que tem 1 em meio a 7 bilhões de indivíduos. Indivíduos que nascem e morrem a cada segundo sem nem nos darmos conta ou sentirmos falta.
Quando ando pelas ruas nessa época de festas e vejo muitas pessoas que moram na mesma cidade que eu cruzando meu caminho, paro para pensar no que elas pensam, quais seus medos, desejos, inseguranças... Não consigo vê-los como números de série. Não são seres aleatórios. São seres humanos, possuem o mesmo pensamento estruturado que eu (pensamentos diferentes, obviamente, mas estruturados de maneira mui parecida). Seres que desejam, sonham...
Da mesma forma que eu reflito sobre o fato de que estes pensamentos não me dizem respeito, cerca de 7 bilhões de pessoas fazem, inconscientemente, o mesmo sobre mim. Isto é, percebem que o pensamento alheio não lhes importa. Talvez por isso tantas pessoas queiram ser famosas e espantar de vez esse fantasma da “inexistência para o outro”.
Minha existência é importante para um número bastante limitado de pessoas das quais algumas sobreviverão heroicamente a mim no dia em que eu virar lembrança. E eu não posso (salvo raríssimas exceções) evitar que elas morram ou que elas continuem me achando importante para elas, ou que me amem mesmo que eu faça inúmeras coisas erradas. Eu simplesmente não posso mover uma palha sobre o acaso, sobre o que os humanos decidiram chamar de destino, aquela entidade que rege o que os próprios homens são incapazes de reger.
Eu sou insignificante! Assumir isso não é um pecado. A nossa insignificância é um fato. Nossa fragilidade também. Somos limitados, incapazes... Assumir isso já é um salto para fora do abismo da ilusão cavado por nossa incrível arrogância e prepotência.
No entanto (e sempre haverá um “no entanto” no fim das coisas ruins para dar-nos a impressão de que algo bom virá depois delas), o que você fará para disfarçar a sua insignificância? Caridade? Um bom projeto para salvar seu mundo? Será famoso? Será eterno? Conte-me: O que você fará?
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5 comentários:
Eu conheço umas meninas bestas que, filhas de pais de classe média, se vestem bem (compram roupas caras, de marcas famosas), gostam de ir aos lugares que a "elite" costuma ir; e se puderem, saem em fotos nas colunas sociais. "No final", eu penso, "essas porras vão pro mesmo NADA que todo mundo vai... e quem vai lembrar delas?" Um ou dois da família, de vez em quando, quando ver uma fotografia ou sei lá o quê. Tu tens razão (como se eu pudesse dizer isso): ninguém, no final das contas, é tão significante. Se um meteoro igual àquele que detonou os dinossauros cair sobre a terra, quem é que vai saber quem foi Michael Jackson, os Beatles, Madonna, o escambal? Quem? Quem? "Ah! Mas tem disco com música do Beatles lançado no espaço". E daí?, quem garante que jamais serão ouvidos, e, caso sejam, apreciados. Enfim, enfim...
Só pra terminar: tu, apesar de tão insignificante, significa muito para mim! :)))
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Patativa
eu não sou insignificante hehe
mas adorei o texto!!!
e até me lembrei dele hoje quando tava no bus e vi um homem q parecia ter deficiência mental não podendo entrar no bus pq não estava com a carteira~~ na hora fiquei pensando na insignificância daquele homem para muitos, já q se os "normais" são insignificantes diante do mundo imagine aqueles ao qual dependem da família ou sabe lá de quem para poder se guiar :O
enfim muito bom o texto
Por vezes questiono, não qual a minha significancia no mundo, mas sim, qual a minha significância em mim.
Eu não quero morrer amanhã, pois tenho muito para viver, mas não sei se no fim um dia a mais ou a menos importa, já que depois que eu morrer, acabou, ponto final.
Não entendo o medo de morrer, pois a morte só doi naqueles que vivem.
Acho que no fundo, o significado nada significa em si.
sempre penso se as pessoas pensam e como pensam.
penso nas particularidades da vida de cada um...
depois q passarem por mim, pra onde vão?
vão comprar pão como todo mundo? acabaram de brigar com alguém? e se for atropelada? não vai completar a "tarefa" que traçou p aquele momento.
costumo dizer que as pessoas possuem um certo encanto, enquanto não as conhecemos mais profundamente, depois esse encanto se transforma em outro tipo de encanto... quanto canto aushauhsuahusa
as pessoas são pequenos mundo, cada mundo um palco, sou feliz por ter vc.
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