A autora deste blog não tem por interesse o compromisso com a seriedade ou discussões aprofundadas sobre qualquer assunto que a faça perder tempo em respostas aos comentários postados e sim abordar pensamentos aleatórios construídos em momentos de extremo ócio em ônibus lotados, filas de banco, salas de aula e discussões idiotas decorrentes destes. Se essa não é sua área de interesse, por favor clicar no xis vermelho no canto superior direito da sua tela.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
A devolução
- Moço, quero devolver esse homem que já não serve mais.
Veja, não reclame, não faça vista grossa nem olho torto pra essa minha nota fiscal.
Meu Deus, como pude me enganar com o embrulho e não ver o conteúdo que a capa bonita quis me esconder?
Gastei tantos centavos de juventude, tantas cédulas de alegria. Dei-me em cheque, cartão, carnê, boleto e ele me devolve em inutilidade e tanta falta de atenção.
Desculpe, moço, foi a juventude que me fez gastar tanto assim em vão.
Agora quero devolução completa e sem dano ou prejuízo. Quero minha alegria de volta, quero meu sorriso... Leve, moço, leve essa mercadoria ruim.
Você não tem aí , quem sabe, um mais velho, mais usado, talvez já devolvido? Se tiver avarias, eu conserto. Para isso arranjo tempo e disposição.
E, para minha pergunta em prosa, o moço me responde em verso:
- Desculpe, moça, mas a loja tá fechada
E não aceito mais devolução.
Ande, vá e peça a deus que lhe dê juízo
Pra não gastar tanto amor assim em vão!
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7 comentários:
como vc fez isso?... sugou meus pensamentos e transformou em letras...
Muito bom! ahsuahauah...adorei.
Um dos melhores! :D
Caralho flor, muito foda!
Ta cada vez melhor!!!!!.
originalidade rara!
suhaushaushuhsau
eu ri!
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