quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!


*Ao som de When I'm sixty-four dos Beatles*

Esse clima de Ano Novo é estranho. É aquele sentimento de esperança, de recordação, de saudade, de comemoração, de despedida... Mais um ano se vai e a gente fica aqui com cara de bobo vendo o outro vir. A gente veste branco e olha para o céu para ver os fogos de artifício. Cada fogo que explode faz com que eu lembre das pulsações de nossos corações. Milhares comemorando juntos sem nem se conhecerem.
Muitas simpatias... Muita gente nem crê nelas, mas sempre faz para trazer sorte.
Aproveite essa passagem o quanto e como der, mas comemore. Ainda que o ano não tenha sido lá dos melhores, sempre há o que se comemorar, nem que seja o fato de você estar respirando e lendo este post!

Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

20 Coisas que eu aprendi no ano de 2009




1. Aprendi que algumas coisas têm sua hora e é preciso esperar pacientemente.
2. Aprendi que dinheiro não compra tudo, mas pagou as festas e shows que fui esse ano.
3. Aprendi que mudar pode ser bom.
4. Aprendi que para pintar uma casa é preciso antes forrar o chão com jornal (ou passar horas esfregando querosene no chão)
5. Aprendi que se pode sentir saudades de quem está perto.
6. Aprendi que erros ensinam bem mais que acertos.
7. Aprendi que algumas pessoas passam rápido demais por nossas vidas.
8. Aprendi que ser machucado por alguém dói menos do que se machucar sozinho.
9. Aprendi que você pode ter tudo que sonhou ter quando tinha 15 anos e chegar aos 23 achando que ainda falta muita coisa e que outras são besteiras ou não valem a pena...
10. Aprendi que ter emprego é bom, mas que férias são ainda melhores.
11. Aprendi que, em alguns casos, ganha mais que não responde a uma ofensa.
12. Aprendi que um bom filme pode ser melhor que várias sessões de terapia.
13. Aprendi que alguns "Eu vou", "eu posso", "eu consigo" abrem portas.
14. Aprendi que ser independente pode ser bom, mas tem seu preço.
15. Aprendi que para ser amigo de alguém é preciso aceitar e amar ainda que o outro erre.
16. Aprendi que beijar as pessoas que você gosta te dá uma energia extra pra enfrentar a vida.
17. Aprendi que é preciso dizer "não" e é preciso saber ouvir "não"
18. Aprendi que você não é o que os outros dizem, nem o que você diz ser
19. Aprendi que para se aprender é preciso 10% de material e 90% de vontade.
20. Aprendi que gastar tempo me preocupando faz com que eu perca o tempo que tenho para ser feliz.

Feliz 2010 para você que acompanhou esse blog!
Que este ano seja de muito aprendizado!

À Ana Claudia


Sabe aquelas pessoas que amar é inevitável? A gente sempre pensa nisso de nossos pais, que já nascemos os amando. Mas também existem aquelas pessoas que quando você nasceu, já estavam lá te esperando para amar você. Então, neste caso, é quase impossível não amá-los também. É o caso dos tios, irmãos, primos...Você cresce e vai diferenciando uns dos outros pela afinidade.
O destino me deu irmãos não-consanguíneos e uma prima assim também. Mas o que acontece quando se ama essa prima mais do que a um irmão de sangue?
Não sei se você teve uma oportunidade como a que tive: de ter sempre perto de mim alguém que me aconselhasse, que me entendesse antes de qualquer um, que me conhecesse como nenhum outro. Conhece mesmo. Não importa o que o mundo me diga sobre mim, ela sempre fala: “Você não é assim, é o seu jeito e eu te conheço, eles não!” Ah... eu sempre acredito. 1. porque a Maga é bem sincera. 2. porque ela sabe o que diz, realmente me conhece.
Eu não posso dizer que Ana Claudia é a minha melhor amiga. Não, ela não é. Ela é ainda mais que isso. Ela é uma das minhas mães e uma das minhas mãos.
A Ana sabe ouvir, sabe falar, sabe se orgulhar de pequenos feitos e de ser a melhor da classe (risos). A Ana sabe amar, respeitar, sabe cuidar... Talvez tenha aprendido com Jesus a dar a outra face porque ela tem o dom do perdão (o que não possuo, uma lástima). A Ana briga e depois faz as pazes assim... na mesma hora! Ela se preocupa, ama viver, ama as pessoas, cuida delas, perdoa... Ah, e ainda entende de moda.
Linda por dentro e por fora, eu a amo (ela sabe, mas não me canso de repetir) e queria sempre dar-lhe mais: mais tempo, mais cuidado, mais carinho...
Maga, Quero te dizer, agora que estás ainda mais velha, no auge de seus 28 bem vividos anos, o quanto você é importante para mim e acho que fiz isso como pude, mas não como deveria porque todas as palavras são poucas para expressar minha gratidão e meu amor (super gay isso).
Dizer “eu te amo” agora seria um pleonasmo. Mas, vou correr esse risco da repetição e de parecer gay:

EU TE AMO agora e sempre! Feliz Aniversário!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Bob Dylan vai animar o seu Natal


Bob Dylan lançou em outubro seu álbum de Natal. É, é isso mesmo que você leu. Antes judeu, Dylan converteu-se ao cristianismo em 1977 e voltou as suas origens judaicas na década de 80. Lançou em outubro deste ano um álbum de canções natalinas, mas nada de versões de John Lennon ou da clássica Jingles Bells. São canções natalinas bem ao estilo [único] de Dylan.
Uma das coisas mais legais do disco é que toda a sua renda será doada à Instituição Feeding America, organização de combate à fome. Recheado de belas canções (com destaque para Do you hear what I hear e I´ll Be Home For Christmas), Christmas in the heart consegue ser bonito sem ser piegas ou clichê. É um disco para ouvir enquanto Papai Noel não chega (Sim, Papai Noel, aquele tio bêbado que se fantasia todos os anos e assusta a criançada).
Outra coisa legal do disco é que, depois de 12 anos sem aparecer em video-clipes, Dylan reaparece no clipe de Must be Santa (percebam a animação à La Grinch).



E como eu sou legal e estou presa a esse estranho sentimento de solidariedade que nos acomete no Natal, vou disponibilizar o link para download do álbum. Cole o link abaixo no seu navegador, retire o * e me diz o que achou.

http://lix.*in/-602c92.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sobre o dia em que vi Deus


Era dia. O sol estava a pino. A claridade mal me deixava enxergar o que fosse e as longas horas ali sem alimento nem água ofuscavam ainda mais a minha já tão gasta vista. Estava jogada a um quanto de parede carcomida. Meu corpo, dilacerado, parecia inerte não fosse minha respiração já fraca. Eu sangrava e não existia remédio para o meu mal. Meu mal estado físico não conseguia representar a farsa do meu estado psicológico.
Vi um verme se aproximar da ferida aberta e putrefata de um de meus membros. Afastei minha perna. Olhei o verme e, com um sorriso nos lábios, disse-lhe:
- Agora não, meu caro.
Não sei se o verme riu de mim, mas se não o fez, tinha tudo para fazê-lo. Eu responderia se fosse ele... Devaneei sobre o verme e nossa condição, mas logo apareceu um homem alto, robusto, para me atrapalhar as ideias.
Chegou sem dizer nada e foi logo batendo nas minhas pernas com a ponta da bota, jogando-as de um lado a outro. Olhei-o. Ele estalou a língua no palato, cuspiu e põe-se a entalhar um pedaço de madeira que levava consigo. Usava um sombreiro, o que não me deixou observar sua face, se mudara de fisionomia ao perceber que eu ainda estava viva.
Por um momento, pareceu observar todas as minhas feridas, mas eu não sei bem se o fez ou não. Enfiou a mão em um dos bolsos, tirou um escapulário com a imagem de São Miguel Arcanjo e o jogou sobre mim. Em seguida, retirou do cós da calça dois revólveres: um da frente, outro das costas. Estes últimos, depositou cuidadosamente sobre meu abdômen. Pegou minhas mãos e as colocou sobre as armas. Depois pôs o escapulário de pano em meu pescoço.
Eu não me mexia nem dizia nada, só o observava. Ele acendeu um cigarro, agachou-se, soprou a fumaça em meu rosto. Falou-me com tom grave:
- O escapulário é santo. Você, não! Empunhe as armas e siga em frente. Da próxima vez que cair, faça o mesmo. Não posso estar sempre pronto para acudir você.
Tragou mais uma vez o cigarro, levantou-se e saiu.
Desde então, sempre que caio, levanto-me sozinha e de armas e escapulário em punho... Ah, meu caro leitor, nunca mais vi Deus depois disso.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Os arroubos (ou não) da Academia


Decidir freqüentar uma academia é um passo difícil. A gente adia o quanto pode, mas de repente olha aquela pele flácida no espelho, percebe que o bumbum deveria estar alguns centímetros acima e quando nos vemos estamos à porta do estabelecimento munidos de toalha, garrafa de água e muita, mas muita vergonha.
Depois de 3 meses de prova, decidi compartilhar um pouco da experiência com vocês.

A Academia pode não ser um bom lugar para mulheres que queiram paquerar
Se você acha que pode encontrar um príncipe encantado na academia disposto a te ajudar com aquela rosca de 10 kgs, não se iluda! A maioria dos frequentadores de Academia se tornam verdadeiros ogros quando ultrapassam a entrada do lugar e ainda por cima (se já não bastasse) passam mais horas olhando o bíceps no espelho do que prestando atenção à sua bunda.

Nem todo(a) frequentador(a) é malhado(a) e bonito(a)

A propaganda é uma ilusão. A imensa maioria dos frequentadores são como os novatos: só querem melhorar a aparência. Não vá pensando que irá encontrar apenas belos corpos. Prepare-se para barrigas salientes, bundas caídas, braços subdesenvolvidos...

Pode custar pouco

A Academia não vai quebrar seu orçamento. Mas é bom procurar uma boa, não pelo preço, mas pela estrutura e por seus profissionais.

Não há motivos para vergonha
Como já disse, nem todo mundo é sarado e te fará inveja. E sempre que a vergonha vier, lembre-se: todos ali tiveram que começar um dia com um vergonhoso pesinho de um quilo.

Sim, é dolorido
Os primeiros dias serão terríveis e te farão pensar inúmeras vezes em desistir. Seja persistente! Num dia você não pode levantar o braço para pentear os cabelos, no outro, você quer aumentar o peso porque acha que está pegando leve demais. Num dia você mal consegue subir num ônibus, no outro, você acha que o seu treino devia durar mais tempo. Não deixe que dois dias de dor te tirem a satisfação de usar um belo (a) bikini/sunga no verão (sem medo de ser feliz!).

Os resultados podem aparecer logo
Com dois meses de dedicação aos treinos, você já pode perceber resultados.

Você tem grandes chances de se apaixonar
Calma... ainda acho que homens de Academia são ogros. Você vai se apaixonar pela Academia e por cuidar do seu corpo. Com o tempo a dor passa, você conhece pessoas novas, vê que nem todo homem ali é um ogro (isso é o mais difícil), você passa a gostar de se olhar no espelho, a auto-estima sobe...

Experimente!
Faça treino experimental em uma boa Academia. Se depois dos 4 primeiros dias você não se adaptar, tente mais 4 e mais 4 e mais 4. Se ainda assim você não se acostumar e não perceber resultados, pense em outra forma de cuidar do seu corpo. Sedentarismo está super out! A nova moda é cuidar do seu bumbum!

Futilidades à parte. Exercícios físicos são sempre bem vindos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Onde já não caibo


Eu já não caibo em conversa, em versos, em prosas. Eu me ajeito, me aperto, mas já não caibo também em risos, em músicas, em filmes B.
Nem em frases de efeito, nem em cinismo sem hora, nem na TV ligada às 4 da manhã. Eu não me encaixo em decassílabos, em redondilhas, em afinações, em tríades perfeitas. Não caibo no peito dos amigos, nem na memória dos inimigos, no bem querer de alguém. Não, eu não me acho em meu quarto, em meu espelho, em meu pensamento. Eu não me vejo em livros, em comerciais. Não me vejo nas propagandas alegres de cerveja, nem na mesa farta dos comerciais de margarina. Eu não caibo mais na minha cama, nas cadeiras da mesa, nas paredes da casa. Eu não me encaixo em sambas, boleros, tangos. Não me sinto na música clássica, nem num cochicho, nem no assobio de lavadeira... Em nenhuma canção.
Não me sinto destinatária de um riso de criança, de cartas de amor anônimas, de bilhetes não datados jogados no alpendre da minha janela. Eu já não vejo a janela, nem o alpendre, as letras das cartas, o riso.
Talvez eu não caiba mais em alegria desmedida, em Natal, Réveillon, Carnaval... Não me encaixo mais em carinhos, abraços, beijos...
E a única coisa triste de tudo isso: Eu já não caibo nos braços de minha mãe.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sim, eu a subestimei


Subestimar as pessoas para mim é um primeiro passo. Logo que eu conheço alguém, eu penso: “Não, essa pessoa não é tão legal”. Se ela for, melhor. Eu ganho. Se não, ela era como eu pensava e eu ganho novamente. Exagero ou não, é o que sempre faço e saber que algo é bem melhor do que pensei que fosse me alegra muito.
Caso semelhante aconteceu quando eu conheci a Mallu Magalhães. Um fenômeno da internet, a menina não parava de ganhar prêmios de artista revelação e tava em tudo que era programa de TV. Eu sempre pensava no que diabos as pessoas viam nela, garota insossa, sem graça... Eu não parava de compará-la à Maísa, aquela pivetinha irritante que o Silvio Santos insiste em nos empurrar goela adentro.
Afinal, quem era essa menina cantando Bob Dylan, desafinando, conquistando corações incautos?
Mas a Mallu não ficou como a menininha ganhadora de prêmios, fofinha, bonitinha, engraçadinha, inha, inha... MM mostrou a que veio.
Após iniciar um romance com Marcelo Camello, excelente compositor, Mallu mudou o rumo de sua prosa (ou de seus versos, no caso). Começou a fazer composições sobre sua iniciação na vida amorosa e sobre coisas de seu cotidiano. O tom confessional das letras e sua voz ainda infantil dão um charme as suas composições. Em Bossa sem nome, O eu - lírico parece confessar seus medos em relação ao inicio de sua vida sexual:

“Eu vou cantar pra assumir
Eu tive de fugir
Da pouca roupa, da fala rouca
Do beijo a boca
Meu bem, parece tão cruel
Não poder se atirar
Espero a espera boa
Meu corpo soa tão incapaz”


Em O preço da flor, sua voz rouca, infantil, chega aos nossos ouvidos de maneira sexy graças à melodia e à letra que fala de desejo.

“Mas escondo o desejo
Escolho no bairro
Um lugar de esconder
E vai
Mais um quase beijo
Porque só a noite cobre
Os defeitos do ser”


Talvez pela idade, a palavra sexy não pareça, à primeira vista, adequada. Mas a voz da cantora se mescla a uma melodia envolvente e letra intensa para uma adolescente de sua idade e nos chega num misto de sensualidade e inocência.
Segue abaixo, vídeo de O preço da flor.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sobre a paixão (ou sobre uma doença qualquer)



Tanta coisa já foi e há de ser dita sobre a paixão...
A palavra vem do grego pathos, da qual origina palavras como patologia, e significa sofrimento.
Os antigos gregos tentavam explicar a origem da paixão com a mitologia. Os homens ao se deparar com os deuses, cuja superioridade provocava a loucura e fazia os mortais insensatos, entravam num estado de êxtase, ou seja, apaixonavam-se.
A paixão só existia no Olimpo, a morada dos deuses. Até que Prometeu roubou o fogo sagrado das divindades para dar aos homens. Aqueles responderam a ofensa deste enviando à terra uma caixa que continha os maiores males aberta bela jovem (e mui curiosa) Pandora. Foi um excelente castigo! Mas, convenhamos, engolimos à seco a doença da paixão pela dádiva do fogo... Boa troca.
Aos momentos finais da vida de Jesus damos o nome de “Paixão de Cristo”. Para muitos o termo significa o amor do filho de Deus pelos homens, mas, em bom e velho grego, nada mais significa que dor, sofrimento, pesar de Cristo.
Para os psicanalistas, a paixão é uma projeção narcísica. Projetamos no outro o que nós gostaríamos de ter e/ou ser. E, ainda segundo eles, estamos “doentes de paixão” porque não conseguimos superar o nosso complexo de Édipo. A paixão é uma forma que encontramos de suprir a falta do nosso primeiro objeto de amor: nossa própria mãe!
Em inglês, o termo usado para “apaixonar-se” é fall in love. Numa tradução literal, algo em torno de cair em amor. A paixão é uma queda. Viram?
Ela libera dopamina, norepinefrina... Enfim, mexe com nosso corpo, mas no fim nos faz sentir muitíssimo bem.
A literatura tem ótimos exemplos de como a paixão pode ser prejudicial. Foi a paixão quem matou Romeu e Julieta, que fez com que o Jovem Wether se suicidasse. Foi a paixão quem matou Tristão e Isolda... A paixão é, praticamente, um assassino serial!
Para uns, doença. Para outros, sofrimento, queda, roteiro infeliz...
Só sei de uma coisa: Não há melhor doença, queda, sofrimento, nem melhor forma de liberar dopamina.
Adoeça. Apaixone-se hoje!

domingo, 27 de setembro de 2009

“Helter Skelter”, sucesso dos Beatles, seria um dos responsáveis por morte de esposa e filho de Roman Polanski.


A notícia é antiga, data de 6 de agosto de 1969, quando Charles Manson, 'Tex' Watson, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten invadiram a casa do famoso diretor de cinema Roman Polanski e assassinaram brutalmente a atriz norte americana Sharon Tate, esposa do diretor, grávida de 8 meses e meio.
Mas qual seria a relação entre os Beatles, a família Manson (nome pelo qual os assassinos ficaram conhecidos)e os seis homicídios cometidos pelo grupo em agosto de 1969?
Manson acreditava ser a reencarnação de Jesus Cristo e que os Beatles tentavam se comunicar com ele através de suas canções. A fixação pela música “Helter Skelter” era tão grande que os homicidas deixaram seu nome escrito com o sangue das vitimas nas paredes das casas nas quais os crimes ocorreram. Segundo Paul McCartney, autor da canção, a letra da música não tem o menor sentido. Para Manson, era um chamado.
Na ultima sexta-feira, dia 25 de setembro morreu no hospital penitenciário da Califórnia Susan Atkins, uma das seguidoras mais famosas de Manson. Susan, que tinha apenas 21 anos quando foi presa, esfaqueou até a morte a atriz Sharon Tate por não ter suportado ouvi-la implorar que poupasse a vida do filho que esperava.
Susan morreu aos 61 anos sem se arrepender dos crimes que cometeu. Os demais Mansons continuam presos.

Quer saber mais sobre o caso? Clique aqui.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Música do mundo [parte 3] – Itália


Continuando nosso tour pela Europa. Vamos à Itália, terra de comida e de música boas.
Para iniciarmos nossa viagem sonora, um pouco do Folk Rock da Bandabardò. Criada em 1993, a banda (cujo nome faz menção a musa do cinema francês Brigitte Bardot) mistura elementos regionais ao bom e velho rock'n roll e seus álbuns nos dão sempre aquela impressão boa de "show acústico" feito entre amigos. A música que eu escolhi (minha favorita) é Sempre allegri do álbum Fuori Orario (2006).


A segunda é uma pedida bem Pop. Giusy Ferreri participou em 2008 da 1ª edição italiana do X Factor, um talent show à la American Idol, e amargou um 2º lugar. Porém, com voz e interpretação únicas, lançou no mercado o disco Gaetana que vendeu mais de 800 mil cópias e se tornou um dos maiores sucessos italianos dos últimos tempos. O sucesso foi tanto que um dos maiores hits do disco, Novembre, foi parar na trilha sonora do seriado Desperate Housewifes. A música escolhida é Non te scordar mai di me, primeiro single lançado pela cantora . Mas atenção: qualquer semelhança com Amy Winehouse é mera coincidência.



E para acabar essa postagem, que tal uma musiquinha mais calma, mais romântica? Tiziano Ferro é, sem dúvidas, um dos cantores italianos de maior fama mundo afora. Aqui, em terras tupiniquins, as músicas do carcamano são muito utilizadas nas trilhas sonoras das novelas. Mas, exceto pelas composições melosas que servem para dar charme aos beijos das mocinhas e mocinhos, Tiziano tem boas composições.
Segue Links (legendados)para vocês:

Il Regalo piu grande
Alla mia etá
Ti scatero una foto

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os arroubos (ou não) da terapia


A terapia pode ser um momento mágico da sua existência. Eu disse PODE e essa palavra já nos dá uma idéia de possibilidade e não de conclusão. A idéia de um desconhecido, que não irá julgá-lo, ouvindo todos os seus podres e sentimentos mais intimos é ótima. Ótima e cara. Mas o custo-benefício... Ah, esse compensa. Fiz por algum tempo, em terapeutas diferentes e em abordagens diferentes. Foi um experiência boa, não tenho do que reclamar. Uma experiênica boa que teve seus momentos ruins.
Se você nunca fez, precisa saber de algumas coisas sobre ela.
A psicoterapia não é coisa para loucos
A psicoterapia serve para muitas coisas. Timidez, baixa auto-estima, dependência química, problemas de relacionamento, ciumes, depressão, fobias, pessoas que desejam se conhecerem melhor... Se quem estiver nesse grupo for louco, todos nós somos.
Terapeuta não é psiquiatra
O terapeuta é um psicólogo, um cara formado em psicologia com uma especialização na abordagem terapêutica escolhida por ele. Um psiquiatra é um MÉDICO, com especialização em psiquiatria. O psiquiatra atende casos bem mais sérios e, dependendo do caso, preescreve medicamentos.
Antes de inicar um processo terapêutico você precisa escolher uma abordagem
A abordagem terepêutica nos diz como o processo irá ocorrer. Entre as mais utilizadas no Brasil estão a cognitivo-comportamental (na qual os seus pensamentos influenciam nas suas ações e o terapeuta se concentra em sua vida hoje) e a psicanalítica (abordagem que procura a origem de alguns problemas no inconsciente e em fatos do passado, principalmente na infância) e tantas outras menos populares como a Bioenergética (de base psicanalítica, mas focada em exercícios físicos, principalmente de respiração).
O terapeuta não é seu amigo
Não adianta. Ele está ali com um intuito: tratar/analisar você. Não adianta querer sair com ele para farra. Se ele for um bom profissional, manterá distância da sua vida fora do consultório. Uma relação íntima infuencia no tratamento, logo, deve ser descartada. Você só fala de tudo sem se preocupar justamente pelo fato dele estar alheio às situações descritas no consultório. Se ele fosse seu amigo e vivesse com você o tempo todo, por ter medo do seu julgamento, você não contaria tudo. Então não insista para ele aparecer na sua festa de aniversário ou formatura. Deixe-o para a terapia!
Elas podem custar muito caro
Dependendo da abordagem, elas custam, no mínimo, R$ 50 por sessão. Mas eu disse "no mínimo". E você precisa de pelo menos 4 sessões por mês. Mas não se preocupe, há em faculdades as chamadas clínicas-escolas onde a sessão sai por R$10, R$20.
Você pode ver resultado logo ou não
Um dia você sai de lá em extase achando que finalmente descobriu o problema que aflige sua vida. Noutro você sai com a sensação de dinheiro perdido e pensando quanta coisa você poderia ter feito com aquela grana toda. Um dia você acha que foi a melhor coisa que você fez na vida. No outro, que foram 45 minutos perdidos.
Prepare-se: Você pode querer chorar
Os consultórios podem ser diferentes. Uns mais claros, outros mais escuros, uns espaçosos, outros pequenos... Mas duas coisas não faltam em nenhum: um relógio, para você e seu terapeuta terem uma idéia do tempo que estão ali, e lenços de papel.
Você entra senhor(a) de si e de repente ouve uma pergunta qualquer (sobre seus pais, amigos, relações amorosas). Você vai responder e quando percebe está chorando como um bebê e as palavras não saem. Parabéns! Não precisa dizer mais muita coisa. Seu terapeuta já entendeu a mensagem.
O tratamento pode durar bastante tempo
Eles duram quase sempre 2 anos. Mas alguns podem passar desse tempo. Entãoprepare bolso e paciência.
Haverá dias que você vai pedir uma sessão e dias que você vai querer que elas não existam.
Falar de si é uma coisa muito boa. Imagine agora que alguém vai te ouvir por 45 minutos com extrema atenção como se você fosse a pessoa mais importante do mundo. Isso é ótimo! Um dia irá acontecer algo (bom ou ruim) que fará você ficar ansioso para encontrá-lo e dizê-lo. Mas em outros você vai querer ver o demônio em pessoa e não seu terapeuta.
Sim, mesmo assim ela é boa
Haverá enormes contra-tempos que forçarão você a desistir dela, mas a terapia pode ser um divisor de águas na sua vida. Nela, você pode aprender muito sobre você mesmo e sobre quem o cerca. Porém, vale uma dica: o terapeuta não dira o que você deve fazer ou o que é o melhor para você, nem responderá suas dúvidas, porém ele irá conduzi-lo no caminho rumo as respostas que (por mais clichê que isto pareça) estão dentro de você.

Vale o risco!

domingo, 2 de agosto de 2009

Unindo o fútil ao agradável


Eu tenho andado bem distante deste blog ultimamente. Muitas vezes por falta de tempo, noutras por falta de pauta. Não gosto de escrever quando não tenho vontade, pela pura obrigação de fazê-lo. Eu escrevo quando me dá um afã estranho que não sei bem de onde vem, instala-se em meus ossos e que, Deus sabe, eu só me sinto bem quando consigo saciá-lo.
Segundo Wittgenstein, o pensamento é organizado muitas vezes em forma de palavras. Concordo. Muitas vezes, penso em palavras, em orações completas, parágrafos. Dessa forma, sinto como se estivesse escrevendo. Se me der vontade de passar meu pensamento para o papel, faço-o ou deixo para outro momento e as palavras, muitas vezes vãs, me somem com o vento.
Muitos leitores têm o costume de pensar que fiz este blog para falar de coisas sérias. Acham que eu tenho o dever quase cívico de falar alguma coisa que soe inteligente ou que pareça necessário à sociedade ou que faça o outro refletir sobre a sua condição.
Eu gosto de falar sério e de soar inteligente, todos gostam. Mas o que eu amo mesmo é falar trivialidades. Quando escrevo, não gosto de me prender a um tipo de pauta. Quero escrever sobre o que eu quiser, seja o assunto frívolo ou não.
Muitas coisas me perturbam ou me fazem bem no meu dia-a-dia e eu não vou escolher apenas as mais finas e tratá-las com a erudição que não possuo.
Eu peço perdão pela ausência, mas também peço paciência para que o argumento me venha sem esforço, sem a preocupação de ter que atualizar o blog sempre com qualquer coisa tosca.
E se você não consegue se adaptar a essa realidade de escrever quando se quer sobre o que se quer... paciência, meu caro, paciência.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Música do mundo [parte 2] - Portugal


Muitos do além-mar afirmam que ouvem a nossa boa e velha MPB. E muitos brasileiros em terras estrangeiras confirmam isso. Então por que nós ainda não abrimos os olhos às maravilhas sonoras portuguesas?

Vou citar três grandes nomes [ao meu ver, claro] da MPP (música popular portuguesa) que fará, assim espero, seus olhos se abrirem:

O 1º, Madredeus, tem 24 anos de carreira e mistura música popular portuguesa com música erudita e uma pitada da alma lírica dos belos fados portugueses. A canção que escolhi,O Pastor, é do album "Existir" de 1990 e fez parte da trilha sonora da adaptação brasileira da obra Os Maias do escrito português Eça de Queiroz.



O 2º, Jorge Palma, foi membro de uma banda de rock chamada Sindicato. Em carreira solo, se tornou uma espécie de Bob Dylan português. Em 2007 lançou o single Encosta-te a mim.



O 3º se chama Pedro Abrunhosa. Um poeta acima de tudo, Abrunhosa encanta com suas belas letras e pelos arranjos das canções. Pandemônio, a banda que o acompanha, é divina. Já gravou canções com Lenine, Sandra de Sá e Nelly Furtado e foi convidado por Caetano Veloso para juntos fazerem um show. A canção escolhida é Será :

domingo, 28 de junho de 2009

Ah, um dia você aprende...


Estava eu por esses dias navegando na internet e me deparo com um vídeo muito interessante com uma mensagem que supostamente seria do Shakespeare. Como o próprio título do poema(?)diz "com o tempo" eu pude ver que muitos atribuem a sua autoria a Veronica Shoffstal. Deculpem a ignorância, mas nem eu nem o santo Google, que tudo sabe, conhecemos algo sobre esta (suposta) escritora. Eu acredito que não seja mesmo do Shakespeare e que ele só entrou nessa para dar mais credibilidade ao poema, visto que, ao que parece, ninguém conhece a tal Veronica. Deixando de lado problemas com a autoria, achei-o belíssimo e decidi compartilhá-lo com vocês (super brega, não?)
Sempre achei esses videozinhos o mais fino do brega, mas esse texto merece que a gente feche os olhos para preconceitos bestas. Reflitam...

After a while - Veronica Shoffstal (Ou William Shakespeare, se preferir)

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar as mãos e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se
E que companhia nem sempre significa segurança
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas não se importam.
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E que o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam.
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas... Pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser.
Descobre que se leva muito tempo
para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou,
mas onde está indo, mas se você não
sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos
ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco
ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada
e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas
que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes
a pessoa que você espera que o chute,
quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver
com os tipos de experiências que se
teve, e o que você aprendeu com elas,
do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer
A uma criança que sonhos são bobagens,
Poucas coisas são tão humilhantes
E seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva, tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não sabe amar. Contudo, o ama como pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
Algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores...
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Y. (Bebe)

Em 2005 e a cantora Bebe era um sucesso por toda a américa latina (salvo Brasil - aqui poucos a conhecem). Ganhadora de 5 grammys latinos (Gravação do Ano, Álbum do Ano, Canção do Ano, Melhor Álbum Pop Feminino e artista revelação), Bebe virou um ícone para as feministas graças à canção Malo
que virou um hino contra a violência contra a mulher.
Seu 1° e único disco, Pafuera Telarañas, vendeu mais de meio milhão de cópias somente na Espanha e teve uma de suas canções em 2° lugar na Billboard.
Ela ainda ganhou um Goya , o Oscar espanhol, com a canção Tiempo pequeño que serviu de trilha sonora para o filme "La educacion de las hadas".
Aturdida por tamanho sucesso e pela pressão da mídia, Bebe decidiu tirar férias da cantora de sucesso na qual tinha de transformado e anunciou à imprensa sua precoce aposentadoria musical.
Mas Bebe jamais foi esquecida (nenhum bom artista o é) e lança em 30 de junho, 5 anos depois de sua saída do cenário musical, seu segundo album: Y. (Y punto).
Milhares de fãs aguardam ansiosamente.
Quem quiser conhecer mais da bebe vai no site da Bebe. Quem quiser ouvir e ver a Bebe de 2004 e a Bebe de 2009, segue links do youtube para três de suas mais famosas composições, uma do album Pafuera, outra do Y.:



Link pro youtube - Siempre me quedará


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dicas de boas maneiras – Parte I – Aparelhos sonoros


Eu me lembro muito bem que um dia eu odiei a Glória Kalil (jornalista, empresária e consultora de moda brasileira). Mas eu não a odiava assim, sem motivos. Eu pensava que a etiqueta, boas maneiras e todas aquelas baboseiras, que a priori pareciam servir para humilhar aqueles que não sabiam usar os talheres adequados, eram coisas desnecessárias.
Eu tenho educação, minha mãe me deu! Me enchia a barriga de comida antes de irmos às festas infantis para que não devorássemos o bufê como mortos de fome. Não nos deixava desrespeitar os mais velhos a quem tínhamos de dar o lugar onde estávamos sentados. Fazíamos tudo a contra-gosto, mas fazíamos.
Minha educação (que hoje nem sei como julgar, se dura demais ou inadequada ou se maravilhosa) não é o nosso interesse agora. Voltemos à Glória.
Um dia olhei a consultora de modo distinto e pude perceber que em partes ela estava coberta de razão. Ouvi- a dizer que a etiqueta é, antes de tudo, uma questão de educação. E não é que ela estava certa!
Muitas vezes, ter bons modos é ter bom senso. O uso inadequado dos aparelhos sonoros é um belo e eficaz exemplo disso.
Avançamos em tecnologia e agora os aparelhos celulares tocam MP3. Isto seria maravilhoso não fosse o fato de agora estarmos em ônibus e sermos obrigados a ouvir os piores tipos de música (usar o termo música é um pouco demais para aqueles barulhos). Você está lá, concentrado em milhares de pensamentos, e aquele barulho irritante sendo ouvido não só por um indivíduo, mas, obrigatoriamente, por todo o ônibus. Isso é falta de bom senso. E tem ocorrido em todos os locais, até nos mais improváveis! Você até pode gostar daquela música, mas deve lembrar que nem todo mundo gosta. Já pensou se todo mundo decide mostrar suas preferências musicais ao mundo?
Fones de ouvido resolveriam o problema se não causassem outro incomodo. Os populares MP3, MP4, MP196788 ganharam pessoas de todas as idades e tiraram de alguns o bom e velho discernimento.
Você agora encontra alguém que de imediato puxa uma conversa com você, mas não tira o maldito fone do ouvido enquanto fala. Já vi os aparelhos serem usados em salas de aula (bem no meio da aula) e até em (pasmem) reuniões com o prefeito (!). É o cúmulo do desinteresse, do “tô nem aí”, do desrespeito, do “não me importo com você”.
Hoje, alguns carros parecem ser usados como objetos de disputa do tipo “meu carro tem um som mais potente que o seu". Você decide sair de casa, dar uma volta na praia, sentar na calçadinha e relaxar. Um minuto depois vem um preparando uma mini-festa bem onde você está. Pára, abre a mala do carro, liga o som para todo o quarteirão e adjacências ouvirem, abre umas cervejas e você, que só queria sossego, é obrigado a se retirar para não atrapalhar a “festa” do sujeito mal educado.
Depois de tudo, o que nos resta é ter paciência e pensar se nós mesmos não praticamos esses pecados sonoros às vezes.

domingo, 10 de maio de 2009

lyla ouviu, Lyla se apaixonou - Silvia Machete


Ouvir e ver Sílvia Machete já é meio passo rumo ao um abismo: a paixão musical mais avassaladora.
Sílvia é um artista completa: canta, dança, faz malabarismos, bamboleia, faz truques de mágica e encanta qualquer um com sua vitalidade e espontaneidade.
Mas misturar circo e música não é o único trunfo da cantora que trocou o Rio de Janeiro pelo East Village, bairro boêmio novaiorquino. Sílvia tem uma voz marcante e composições que impressionam pela simplicidade das letras e pelos arranjos originais.
O cd Bomb of Love - Música Safada para Corações Românticos (2006), primeiro cd da cantora, traz músicas como "Toda bêbada canta" (sobre a maldita ressaca moral), "Pé", e versões como a de "Gente aberta" de Roberto e Erasmo Carlos e uma versão bossa nova de "Sweet child of mine" do Guns'n'roses.
E para coroar o sucesso do album, Silvia lançou recentemente o DVD Eu não sou nenhuma santa (2008) no qual explora aos máximo sua versatilidade musical e corporal.


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Aos bons amigos que fiz na Universidade


Este ano, Marília e eu passamos por um momento que pode ser muito difícil: a conclusão do 1° curso.

Antes da aula da saudade, naquele momento em que já começamos a sentir as dores de uma pré-saudade, escrevi um texto e li para meus amigos e professores. A quem interessar, segue o texto e vídeo do momento:

Meus bons amigos,

O trem acaba de chegar na Estação. É hora de nos despedirmos. Hora de seguir viagem rumo ao novo. O maquinista nos espera. E este maquinista pode ser muitas coisas dentre elas a vida nos chamando para seguir a diante ou mesmo o Sistema nos dizendo: “venham, venham ser a base sólida do meu mais importante aparelho ideológico”.
Mas vamos ficar com a primeira opção por parecer mais poética. Sejamos poéticos hoje, mas apenas hoje. Apenas hoje?
Digamos então que os passageiros desse trem (nós) somos poetas. Poetas que podem viver suas vidas em sonetos, organizadas em 2 meses de quartetos e 2 meses de tercetos, em dias em decassílabos. Ou viver seus dias em versos livres desorganizados em meses de 1, 2 ou 3 versos, sem rima. E escolha é de vocês. Vocês podem escolher a forma como viverão suas vidas e essas formas podem ser fixas ou não.
Mas voltemos um instante à Estação. Temos tanta bagagem a levar, tantas malas. Se bem que algumas penso em deixar pelo caminho. Esta das teorias abstratas que eu acredito que jamais usarei, eu já penso em formas para deixá-la por aqui mesmo no terminal sem que ninguém perceba.
Mas, um pouco adiante tem uma enorme mala que não pesa quase nada. Esta é a do conhecimento adquirido, das boas experiências, do aprendizado. Esta, meus amigos eu devo a vocês e aos meus professores. Mas, que os professores não se gabem! Tenho uma maleta aqui cheia dos temores, dos medos, das inseguranças, de avaliações que não me avaliaram, que não me pesaram como deveriam. Esta eu deixo aqui mesmo?
Não deixo não! Esta eu vou levar comigo também porque um pouco de medo não faz mal a ninguém. O medo pode nos preservar a vida, não? Esta eu levo sim e levo com muito carinho. E tudo o que digo, usando essas analogias bestas, essas metáforas pobres são da maleta na qual guardo meu material de trabalho, da maleta das palavras que daqui para frente serão não só meu trabalho, mas também meu pão, minha vida.



Eu já acho que estou falando demais e enfadando meus bons ouvintes que não vêem a hora de entrar neste trem. Vão, eu não os prenderei mais!
Mas antes se lembrem: Ensinar é mais do que transferir conhecimentos, construir conhecimento e formar cidadãos. Nisso, não há nada de novo. Estou citando Paulo Freire. Aliás, formanda citando Paulo Freire é muito, muito clichê. Esqueçam essa parte!
Antes de irem quero agradecê-los. Agradecer a vocês professores, a vocês colegas, a vocês meros desconhecidos que estão se formando com a minha turma. Agradeço a vocês por fazerem parte da minha vida, da minha formação acadêmica, de 4 anos que não foram nem longos, nem breves, mas memoráveis.
Eu poderia terminar agora essas palavras com uma frase de efeito ou mesmo um gesto que prendesse a atenção de vocês, sei lá, comer papel, mostrar os seios, tentar uma peroração óbvia para um discurso tão besta.
Mas vou me abster de todas essas coisas vãs e dizer a vocês o trivial: Muito obrigada.
No mais, já é hora de partir!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Lyla ouviu, Lyla aprovou - Moptop - Como se comportar (2008)


Tem muita gente por aí dizendo que o Moptop é uma versão pirata da banda norte-americana Strokes. O som é, sim, bastante parecido. Talvez uma guitarrinha aqui, uma levada de baixo ali deixe margens para comparações do tipo e o cd Moptop de 2006 contribui para essas identificações musicais. Mas é com o segundo cd da banda, o Como se comportar, que os cariocas do Moptop se estabeleceram como uma boa banda de indie rock e não como “os brasileiros que queriam ser Strokes”.
Com boas letras, um som ora moderno ora clássico, um vocalista de voz marcante, a banda nascida em 2003 se consagra no cenário musical brasileiro e recebe dos críticos inúmeros elogios ao amadurecimento da banda e ao distanciamento da banda americana que outrora lhe serviu de inspiração.
Gabriel Marques, vocalista da banda, canta sobre relacionamentos, comportamentos impulsivos, álcool e outros temas com uma voz rouca, rasgada, encantadora, que dá às músicas uma nova emoção a cada acorde, a cada verso.
Um ótimo cd para ouvir enquanto se prepara para a balada, para servir de aperitivo para acompanhar a bebedeira com os amigos ou para ficar em casa curtindo um bom som. Recomendado para todas as horas do dia.

Moptop – Como se comportar
1. Aonde Quer Chegar?
2. Contramão
3. Como Se Comportar
4. Desapego
5. Eu Avisei
6. Bom Par
7. Malcuidado
8. Beijo de Filme
9. Adeus
10. 2046
11. História Pra Contar
12. Bonanza


Ouvir cd

terça-feira, 21 de abril de 2009

Lyla viu, Lyla aprovou! (Estômago - 2008)


O filme Estômago (Itália-Brasil - 2008), como o próprio título já diz, é para quem tem estômago. Não que o filme seja recheado de cenas fortes, viscerais, mas para quem tem estômago para digerir um filme tão original e inteligente. Para quem tem estômago para aguentar vê-lo sem sentir fome.
Raimundo Nonato (João Miguel), um nordestino, vai para cidade grande. Lá aprende alguns mistérios da gastrononia e se apaixona pela prostituta Iria (Fabiula Nascimento) com quem mantem uma relação baseada em sexo e comida. Ainda no início do filme, encontramos Nonato na cadeia e o expectador passa o restante da película tentando decifrar o mistério que leva o nordestino àquele cenário. Daí por diante, muitas desventuras e humor se mesclam qual queijo e goibada e dão ao expectador diversão garantida.
O longa é inspirado no conto "Preso pelo estômago" do livro Pólvora, Gorgonzola e Alecrim de Lusa Silvestre, uma das roteiristas do filme, e ganhou importantes prêmios em festivais internacionais como o do Rio, de Rotterdam, Berlim e Punta del Leste.
Segue abaixo o trailler do filme. Bom apetite!


Ensaio sobre a cegueira

Um dia, estava eu passeando pelo youtube quando assisti a um dos vídeos mais emocionantes que eu já vi no site de compartilhamento.
O vídeo mostra a emoção do escritor português José Saramago depois de assistir ao filme de Fernando Meireles "Ensaio sobre a cegueira", baseado no livro homônimo do autor lusitano.




E ainda dizem que José Saramago não gostou do filme. Imagina se ele tivesse gostado...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Música do Mundo


Segue abaixo algumas das mais belas canções que este mundo pop já ouviu! (Ao menos na minha humilde opinião) ^^ Futuros patrimônios da humanidade:

Latim:
Carl Off, um compositor alemão, musicou O Fortuna, da cantata Carmina Burana, conjunto de poemas do século XIII. Emocionante!!!

Tradução - http://letras.terra.com.br/orff-carl/266048/


Inglês:
Cantada na língua mais famosa do mundo, a música de Frank Sinatra, My Way, que fala sobre viver a vida a seu modo, faz arrepiar cada pelinho do corpo:

Tradução - http://letras.terra.com.br/frank-sinatra/70269/

A música do Nine Inch Nails sobre dor e perda ficou perfeita na voz marcante de Johnny Cash que canta juntando seus pedaços após a morte de sua amada June Carter. Coube tão bem à voz e dor do Johnny que Michael Trent Reznor, vocalista do Nine Inch Nails, disse em entrevista que aquela música (Hurt) não era mais sua e sim do Johnny Cash. Vale muito a pena assistir. Versão com legendas:


Espanhol:
Carlos Gardel é o rei do tango argentino, apesar de ser francês, e morreu em um desastre aéreo aos 45 anos. Deixou um legado de músicas incríveis, entre elas Volver, que ganhou versão de Penélope Cruz no filme homônimo de Pedro Almodóvar. A música fala sobre nostalgia:

Se você achar estranha a gravação, assista a versão da atriz espanhola.

Francês:
Todo mundo acha que ela foi escrita pela Edith Piaf, mas na verdade, a música é de Jacques Brel. Escrita durante a separação do cantor com Suzanne Gabrielle, Ne me quitte pas é o hino dos que não querem ser deixados. Preparem os lencinhos:
http://www.youtube.com/watch?v=zIP9UHtvk1g


Italiano:
Hino de amor italiano, composto por Caruso Enrico, O sole mio usa uma metáfora belíssima para o rosto da amada: “o mais belo sol”.
Por ser é mais conhecida na voz de Luciano Pavarotti que na de Caruso Enrico, segue link de versão dos três tenores:

Português:
Dessa nem é preciso dizer muito. Lindíssima!!! Não há palavras para descrever Eu sei que vou te amar de Vinicius de Moraes e Tom Jobim:

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Todos os vícios


Não é todo mundo que pensa ou admite seus vícios. Mas esse é, sem dúvida, um passo importante. Não falo dos vícios corriqueiros, mas daqueles que de alguma forma nos fazem mal. Mas o que dizer se até os que parecem mais inofensivos nos causam pequenos estragos? Ler muito, cansa a vista. Jogar vídeo-game também.
Então falemos daqueles que afetam verdadeiramente nossa saúde, nossa integridade física e mental.
Sinto que a minha geração é perdida. Perdeu-se no caminho para algum lugar entre um blues e um fado e jamais conseguiu se encontrar outra vez. Daí surgiram o pessimismo, as auto-mutilações, as autodestruições e os vícios.
Estamos nos esvaindo em fumaça, em vômito, em sangue. E tudo o que posso afirmar, tudo que eu posso dizer, é que médicos não sabem usar metáforas. Não há uma disciplina específica nos cursos de medicina por aí que ensine eufemismos, metáforas e tantas outras figuras de linguagem.
Tudo o que os médicos podem fazer é receitar. Eles não viciam você, você se vicia sozinho e se mata sozinho. Eles só te ajudam, dizendo em que se viciar. Te dizem o nome do seu próximo carrasco. O nome daquele que irá acabar com seu corpo.
Assim foi a toxicomania de Edith Piaf.
Edith foi muita coisa na vida: menina de rua, trabalhou em fábrica de laticínios, dizem que foi prostituta, a rainha da canção francesa. Mas o que Edith jamais foi, foi saudável. No auge de sua carreira, Edith passou a sofrer com seu reumatismo. A morfina era então o melhor anestésico da época. Edith precisava fazer dinheiro, cantar. O reumatismo não permitia. Mas o reumatismo não era sua pior dor. A dor que mais fazia “La môme” padecer era a falta do seu Marcel, seu amado pugilista, que morrera muito jovem em um desastre aéreo. A morfina amenizava a dor de sua alma que era tanta que precisava a cada dia de mais doses. Viciada em morfina, Edith morreu aos 48 anos, mas tinha aparência de 70.
O lítio é o mais poderoso estabilizador de humor de nossa época. Lítio é o que você tem na bateria do seu celular. Lítio é aquilo que destrói lentamente seu estomago, mas os médicos garantem que “seu humor será estável”.
Minha geração não pensa no futuro, do futuro temos a dúvida, a distância. O porvir? Que venha! Somos como tuberculosos de outros tempos: Tossimos e examinamos o lenço. Tossimos outra vez, examinamos o lenço. Até haver sangue, não há problemas. Bravo! Vamos dando nossos passos torpes, tendo alucinações, mas vamos andando! À frente, sempre à frente. Até trombarmos com o futuro, esse ser sem face e sem coração. Até lá, busquemos o que perdemos. Busquemos...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Planos para um ano bom



1. Amar mais (ou, dependendo do caso, amar menos)
2. Cuidar melhor das pessoas que me cercam
3. Apreciar melhor as belezas à minha frente (a arte, seja ela a representação das coisas ou as próprias coisas)
4. Compreender que há tempo para tudo
5. Escrever uma canção de amor (ou um poema de amor)
6. Comer mais
7. Preocupar-me menos
8. Ir mais à praia
9. Depois da praia, pegar um cineminha
10. Namorar mais
11. Arriscar-me mais
12. Beber menos
13. Parar de fumar
14. Deixar de pensar que as pessoas são previsíveis
15. Ser mais tolerante, paciente
16. Deixar de fazer da vida um drama ou um filme de faroeste e fazer dela uma boa comédia
17. Rir mais
18. Chorar mais
19. Cantar mais
20. Viver mais intensamente, interessantemente e esperançosamente esse ano que se inicia.


Feliz ano novo!